Com Agulhas

Eu gosto de escrever, de inventar uns diálogos loucos em jantares imaginários. Eu gosto de roupas, invento uns modelos e luto pra dar as luzes, partos difíceis esses, idéias. Gosto de comprar roupas e sapatos, futilidades não, estilo próprio; não sou uma fashion victim - a vida é demasiado curta pra rótulos e embalagens estragadas. Eu gosto de café, de canecas e de planos de casamento. Gosto de mim, contudo e com tudo.

Com Canetas

Eu tenho um dois à esquerda na idade, mas não acho que sou tão velha. Chamo minha gata de nenê e dou apelidos adoráveis ao meu namorado. Eu tricoto porque me acalma, produzindo, me agradam as cores das lãs. Eu amo porque não vivo no gris, amor vivo, amo pessoas e filmes e livros e bichos. Eu tenho o Heitor, já me basta de tanto amor. Eu adoro a língua francesa, adoro as idéias parisienses e as boinas e os cafés.

Aforismos

Tenho pensado a respeito de um montão de coisas e uma coisa é certa: Ver aspectos positivos em situações bizarramente adversas está cada vez mais fácil pra mim.

É tudo culpa do Heitor, aquele safado me faz ser mais otimista!

Mas uma coisa eu não admito: Regina Spektor em trilha de novela – eu não mereço.

Agora, às agulhas: mais uma manta chega à conclusão (quem disse que eu não completo projetos?).

Não quero dar azar, mas reinam as possibilidades de, nesse final de semana, eu começar a tricotar algo que não será uma manta!

Brittany Murphy em um filme independente, filmado em Londres, o qual se chama Amor e Outros Desastres? Deu certo, várias referências a Breakfest at Tiffany’s e um figurino primoroso chamaram minha atenção, diálogos divertidos e ironias românticas dão um toque adorável a esse filme, que tinha tudo pra ser bobinho.

Adoro o mini Cooper dela, os cabelos – me deu vontade de voltar aos castanhos e ter cabelo liso – e as roupas, principalmente as leggings, o casaco rosa e os sapatos estilo Mary Jane. E o vestido que ela usa pra dançar tango. E o robe de seda. E todas as roupas que ela usa no filme.

Durante o filme, tive uma quase epifania: Estará o meu destino em uma revista de moda, como a Vogue? Uniria duas paixões: a moda e a escrita. As duas coisas eu faço relativamente bem (ou tento, ao menos), quem sabe as duas juntas de levem a um nível superior... Será?

Uma das Três Meninas

Entre aquelas três meninas, as palavras voavam como hologramas.

No só do silêncio, depois da tarde e do chocolate frio da moça da outra mesa, cada moça fez o que quis. Só sei, em tudo, de uma das meninas.

A moça das polainas, já que precisava lavar os pratos, o fez com muito estilo. Água tão quente, quase a queimou, muita espuma e bolhas de sabão com gosto áspero de detergente, tampas de garrafa navegando ao ritmo das ondas das mãos pálidas, a maior viagem da história do plástico.

Mas nada disso é novo, e ela já tirou as polainas.

Agora é hora de sonhar.

Ao meu Amado Heitor, no nosso Dia das Flores

Hoje, em 2004, nessas horas eu dormia. Nem sabia que o cara com quem eu tinha ficado se tornaria a pessoa mais importante de todas.

Hoje, em 2005, era o Dia do Papel. E eu só esperava ser lembrada. Recebi uma ligação, no celular – a gente nem tinha muito como se comunicar naquele ano tenebroso...

Hoje, em 2006, era o Dia do Algodão. E eu estava na faculdade, na minha aula preferida, mas só conseguia pensar em ti. Recebi uma ligação, dessa vez no telefone fixo, e como ronronamos um pro outro naquela hora.

Hoje, em 2007, era o Dia do Couro. E eu só queria te ver. E te vi, pela webcam. Essas tecnologias são boas e ruins: não pude dormir ao teu lado naquela noite, e isso me entristeceu.

Hoje é o Dia das Flores. O mais bonito entre todos esses. E hoje eu queria ter te acordado com uma flor e muitos beijos. Queria ter preparado um almoço contigo e, talvez, assado uns cookies. Queria um buquê... Mas, acima de todos os pequenos desejos, queria passear de mãos dadas contigo, felicidade plena, nesse dia mais importante de todos.

Quatro anos, meu amor, e o tempo se divide em dois. Parece que as cores empalidecem quando não estás comigo, porém esse desbotado me ajuda a perceber a vida que se encerra nos dias felizes que vivemos juntos.

Afinal, qualidade é sempre melhor do que quantidade.

E nós vamos perseverar, estaremos sempre juntos e, um dia, estaremos juntos no dia vinte e dois de agosto.

Amo-te, como sempre, mais e mais. Mal posso esperar pela nossa vida juntos.

Evil Google

Quero mudar o template dessa coisa e simplesmente não me deixam eu não consigo!

Isso estressa a pessoinha, cruzes.

E minha educação é tamanha que eu @#$%¨&*!!!!!!!!

Mas, pelo menos, resolvi os erros que enviavam os feeds do meu fotolog ao invés dos do meu blog. Então, podem me colocar nas listas de blog que, agora, funcionará.

Relacionamentos Inconvenientes

Querido amigo, por que complicar tanto? Logo em um dia cheio de projetos, todos perto de suas conclusões alegres, tu resolves incomodar.
Preciso de ti, sabes muito bem. És um de meus orgulhos, a perspectiva de uma mudança em ti faz aflorar minhas futilidades estéticas - sub-repticiamente - e, apavorada, te escondo. Sem ti, não respiro (tudo bem, até respiro, mas deixa-me ser dramática em prol da beleza poética)...

Sempre estás comigo, às vezes nem tão silencioso, mas me ajudas a viver. Parte de mim, assim, colado. Sempre que te noto, sempre, é porque tens algum problema... Algum achaque, lidas com algum espinho, com algumas lágrimas. E eu não me importo, claro...

Mas logo hoje! Enquanto escrevo, desenho, tricoto, teço, costuro. Logo hoje resolves ficar doente, logo nas horas decisivas, logo no último ponto, última frase, último traço... Bem na hora de enfiar a lã na agulha, resolves reclmar atenção. E tenho que te dá-la, claro, ou deixas tudo o que faço repulsivo aos meus olhos.

Por que não aprendes, querido nariz, a espirrar em horas mais próprias? Sim, porque ranho em cima da lã e do papel é bem nojento...