
Coisas Legais
Mas é legal perceber que eu posso fazer novos amigos, aprender uma língua nova e cuidar de mim ao mesmo tempo. Na verdade, acho que as duas constatações anteriores corroboram a última.
Sinto-me bem diante da possibilidade.
E a possibilidade, a expectativa por momentos felizes, é a felicidade. Parágrafos célebres podem ser citados, mas o que me vem à mente é o segundo de um dos livros mais perfeitos da literatura mundial. Há várias possíveis traduções, mas, como não gosto muito de traduções, transcreverei-o como foi escrito, no desespero de Richmond, pela maior escritora de todos os tempos. Depois transcrevo a versão traduzida pelo meu amado poeta vovô.
What a lark! What a plunge! (...) How fresh, how calm, stiller than this of course, the air was in the early morning; like the flap of a wave; the kiss of a wave; chill and sharp and yet (for a girl of eighteen as she was) solemn, feeling as she did, standing there at the open window, that something awful was about to happen; looking at the flowers, at the trees with the smoke winding off them and the rooks rising, falling (...)
Que frêmito! Que mergulho! (...) Que fresco, que calmo, mais que o de hoje, não era então o ar da manhãzinha; como o tapa de uma onda; como o beijo de uma onda; frio, fino e ainda (para a menina de dezoito anos que ela era em Bourton) solene, sentindo,, como sentia, parada ali ante a janela aberta, que alguma coisa de terrível ia acontecer; olhando para as flores, para os troncos, de onde se desprendia a névoa, para as gralhas, que se alçavam e abatiam (...)
Sei que vocês sabem de quem estou falando... Só ela pode ter a magnitude suficiente, a felicidade e a dor.
Porque somos assim.
Mas agora, o meu negócio deixou de ser a literatura e passou a ser a moda. E isso me alegra e enche de possibilidades.
Bem como o Francês...
Heureuse...
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