
Dois Dias
Não tenho postado muito ultimamente, mas tudo bem. As coisas que valem a pena acontecem longe daqui, desse teclado preto (a não ser as conversas com o Heitor, mas nesse caso as alternativas são levemente inexistentes).
O que me faz ter vontades saudáveis vira lembrança pra depois no café.com, no café Cult sem cardápios, na casa do Moisés, na sala do apartamento, no ônibus pro campus e na rua. E agora, como todos os habitantes de Pelotas podem constatar, a época das insanidades retorna, Feira do Livro se constrói na frente da minha casa, e a alegria de vê-las, queridas brochuras, dispostas entre as árvores como em uma feira de frutas, me faz sentir quase parte de um mundo. No fim, os livros são caros e eu acabo sem nenhum, mas as memórias de Feira do Livro são abundantes, sempre acabo vendo pessoas queridas entre os jacarandás... E essa será especial, meu namorado passeará comigo entre os balaios, me acompanhará em cafés e tardes sob as árvores... Desde dois mil e cinco não passeamos juntos em uma Feira do Livro, então estou ansiosa.
Outra particularidade será meio amarga: estar na Feira com meu melhor amigo antes de sua partida aos EUA. Ele também não vagueia entre os livros em uma praça desde dois mil e cinco, e eu não sei quando poderá passar por isso novamente.
Uma deleitosa novidade será ter a companhia da Aline e vê-la com os olhinhos apaixonados pelos livros da Sra. Woolf no estande da Vanguarda...
Um reencontro será andar com a Cristine, não tenho nem palavras para descrever a antecipação carinhosa com que antevejo esse dia...
Espero poder ver a Tanize e a Ariadne também, afinal uma das sexta-feiras mais loucas da minha vida foi passada com elas, nos balanços.
Cansei de escrever. Vou pintar as unhas que depois de amanhã o Heitor chega (preciso dar um jeito de estar apresentável).